Decisão vinda do banco!

Submitted by Pedro Neto on


Titulares na Partida

Quim (5): Sempre muito atento e expedito aos contra-ataques do adversário mas, apesar de pouco solicitado, faz uma espectacular defesa a remate do perigoso avançado Niculescu. O lance, desenrolado em contra-ataque e pela direita, só deu canto. O golo poderia ter comprometido, decisivamente, a eliminatória em favor dos romenos.

Nélson (5): Muito mais seguro que em jogos anteriores, tem mesmo alguns cortes dignos de registo. Cortes que tiraram prováveis golos ao adversário, num dos quais cabeceia para fora, nos últimos instantes de jogo, quando Niculescu já tinha armado o gatilho para disparar. Ofensivamente voltou a denotar pouca acutilância, visto que foram escassos os cruzamentos em altura. Depois de um início fulgurante no clube – com grandes e regulares assistências –, tem vindo a perder eficácia nesse aspecto. Terá de ter mais atenção na execução do gesto técnico! Um pouquinho trapalhão e “apressado”, por vezes. Nalguns momentos deu a sensação que não deu o melhor seguimento à jogada.

Luisão (6): A verdadeira âncora da parte recuada da equipa, que continua a mostrar uma classe só ao alcance dos grandes atletas.
Apesar de ter deixado fugir o romeno no tal lance de grande defesa de Quim, destaco dois pormenores deliciosos: o passe de 25 metros que isola Nuno Gomes e uma finta do outro Mundo, junto à linha lateral e “à Mozer”, que prega ao chão um adversário.
Antes, durante, ou no final do jogo está sempre em defesa do grupo, como o fez ontem. Magnífico jogador, magnífico profissional!

Anderson (5): Um bom jogo do central brasileiro, sem grandes falhas a apontar e até com momentos positivos no ataque. Nesta conjuntura da época, será importante para a equipa que o #3 encontre a sua antiga forma. A dupla com o seu compatriota é de grande nível, há que reencontrar os tais automatismos.
Claramente menos faltoso do que em recentes encontros… ou será da nacionalidade do árbitro?

Léo (6): O grande show do lado esquerdo do ataque veio de Léo – Simão esteve mais ao meio e poucas vezes descaiu para as faixas na primeira hora de jogo – mas isso já ninguém estranha. O brasileiro é autor de várias arrancadas na faixa, com alguns cruzamentos em grande estilo. O problema esteve na finalização e na abertura de espaços dos atacantes, mas isso já não é da sua responsabilidade. Algo complicativo com a arbitragem, terá de refrear os ânimos… mesmo quando tem razão! Defensivamente irrepreensível, por ali não passou nada.

Petit (4): Apenas meia-parte em campo, onde se terá perdido um pouco na parte final. Algo preso de movimentos, o que confirma que está à procura das melhores condições físicas, mas importantíssimo naquele estilo de jogo raçudo, de ininterrupta procura de bola, onde é rei em Portugal.
O que é certo é que, com a sua saída, deixou de existir controlo de espaços… e o Benfica perdeu o controlo do jogo nos primeiros 20 minutos após do reatamento. Convencidos da sua importância na equipa?

Katsouranis (4): Continua uma pálida imagem do que de brilhante já mostrou esta época. Completamente perdido em longos trechos e nunca aparecendo nas jogadas de finalização, que são a sua imagem de marca. Teve grandes dificuldades em cobrir a zona de Petit na 2ª parte, e a equipa ressentiu-se disso claramente. O melhor momento da sua actuação está numa assistência primorosa para Nuno Gomes, que resultou noutro falhanço. Pouco para uma das estrelas desta equipa!

Karagounis (4): O seu companheiro grego também não foi melhor. No regresso à equipa, depois de uma gripe, nunca conseguiu explanar o seu futebol de forma aceitável. A capacidade técnica está lá toda mas não deu para ver nenhuma das suas aberturas teleguiadas. Não rematou à baliza e raramente se conseguiu soltar da marcação. Algo enervante, na forma como segura a bola em demasia em determinadas situações. Teria sido importante um jogo mais fluido, na tentativa de contrariar o adormecimento da partida por parte do adversário.

Rui Costa (6): Novamente em grande, novamente indispensável, novamente decisivo!
O golo do Benfica sai, novamente, na sequência de um passe seu, mesmo que estivesse já em claro baixo rendimento nos últimos 15/20 minutos. Rui Costa é isto! Numa grande jogada individual pode aparecer uma abertura primorosa e o golo acontecer, e por isso é tão difícil para os treinadores tirarem-no de campo. Mesmo quando parece alheado da partida, o que só aconteceu quando o esgotamento físico interveio, há magia.
Destaco, ainda, outras duas aberturas e as duas para Simão, uma aconteceu depois de uma fabulosa e madrugadora arrancada, que deixou vários romenos para trás, e a outra num passe “a cortar” onde Simão foi impedido, de se isolar, em falta.

Nuno Gomes (3): Continua a falhar golos em catadupa, dois ou três de forma incompreensível. Lobont é um grande guarda-redes mas um avançado titular do Benfica tem de facturar regularmente. Estar 3 meses sem marcar, com dezenas de oportunidades para o fazer, é desastroso! Mesmo assim melhorou alguma coisa em relação ao confronto anterior, já que não seja por aparecer mais em jogo, mas a sua actuação foi muito insuficiente. Seria importante protegê-lo neste mau momento de forma, e dar oportunidade a outros colegas de plantel. Tem a palavra Fernando Santos.

Simão (7): Na sequência das grandes performances dos últimos tempos, Simão Sabrosa voltou a ser o melhor em campo. Desta vez não marcou mas foi decisivo, como sempre é.
Sempre em movimento e na procura do esférico, rematou à barra – que saudades dos seus livres exemplares –, assistiu Nuno Gomes várias vezes sem sucesso, e no único golo da partida tem a glória nos pés mas o keeper romeno não vai na conversa. Não faz mal, porque Miccoli decide no segundo imediato e inaugura o marcador, selando o resultado. O capitão merecia sair recompensado, mas fica para a próxima… e que sejam muitas próximas.


Suplentes Utilizados

Miccoli (6): O golo que marcou faz dele um dos homens do jogo. Tal como naquele célebre jogo de estreia na Luz, frente ao Lille, o italiano ofereceu a vitória ao Benfica num lance de grande sentido de oportunidade e nos minutos finais. Mas Fabrizio foi mais que o golo, esteve sempre em movimento e na ânsia de rematar. Nem sempre as coisas lhe saíram bem, é verdade, mas a sua determinação e classe demonstram inequivocamente que é importantíssimo nesta equipa. No regresso após lesão prolongada, e sem grandes floreados, faz logo um golo… sintomático!

Derlei (2): Substituiu Nuno Gomes mas não fez nada a mais que o seu colega. Continua sem ritmo de jogo e está claramente deficitário no capítulo da velocidade. Por vezes algo complicativo e alheado da equipa, mas tem uma bola de golo na sequência de um cruzamento de Nelson. Cabeceou ao lado, com Lobont a controlar a trajectória.

João Coimbra (--): Apenas 4 minutos em campo, nem deram para aquecer. Penso, mesmo, que nem sequer chegou a tocar na bola.