Nuno Assis: Vice do Benfica fala em «acto de vingança»

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Nuno Assis: Vice do Benfica fala em «acto de vingança» O vice-presidente do Benfica Sílvio Cervan mostrou-se esta quinta-feira surpreendido com o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso Nuno Assis, reiterou a inocência do futebolista e disse que o processo encerra «um acto de vingança». «É estranho que no último dia útil antes do julgamento do Nuno Assis o Benfica tenha conhecimento pela Agência Lusa de que há um parecer de efeito consultivo que tem algumas linhas que dizem que (o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol) viola a lei», afirmou Sílvio Cervan à Agência Lusa. Num parecer consultivo, pedido pela Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, a PGR considera que o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) violou a lei quando arquivou o processo de doping do médio Nuno Assis, do Benfica. De acordo com linhas do parecer, a que a Lusa teve acesso, a decisão de arquivar o acórdão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), tomada pelo CJ em 14 de Julho, deve ser revogada e a FPF pode ficar com o estatuto de Utilidade Pública Desportiva suspenso se não o fizer. «A justiça desportiva já se pronunciou e considerou inocente o Nuno Assis. É um acto de vingança», referiu o dirigente encarnado, revelando que, a 30 de Outubro, o Benfica escreveu à PGR uma carta «sem resposta», mostrando-se «disponível para prestar qualquer esclarecimento». Sílvio Cervan remeteu a denúncia de «atitudes e comportamentos de certas pessoas» para a próxima semana, após a audiência de Nuno Assis no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), segunda-feira em Lausana, Suíça. «Agora, para nós, o importante é provar a inocência do Nuno Assis na segunda-feira nos TAS», disse, lembrando, no entanto, a garantia dada recentemente pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, de que o clube «vai levar o caso Nuno Assis até às últimas consequências». Nuno Assis teve um controlo positivo por 19-norandrosterona em 3 de Dezembro de 2005, no final do jogo Marítimo-Benfica, tendo sido suspenso por seis meses pela Comissão Disciplinar da LPFP, castigo que não cumpriu na íntegra devido ao arquivamento do processo pelo CJ da FPF. Diário Digital / Lusa 07-12-2006 18:34:59