SL Benfica 1 - 1 (1 x 3 p.s.) SC Braga
Ferros e penáltis negam final da Taça Revelação
Sub-23 do Benfica tiveram soberanas oportunidades para matar o jogo antes das grandes penalidades, mas postes, barra e o muro Hornicek na baliza minhota inviabilizaram esses intentos.
No Benfica Campus, no Seixal, as equipas Sub-23 do Benfica e do SC Braga empataram 1-1 no fim dos 120 minutos. No desempate através das grandes penalidades, os minhotos foram melhores (1-3) e marcam presença na final da Taça Revelação.
Com os olhos postos no jogo decisivo da competição, as duas equipas entraram determinadas na partida. No Seixal, os bracarenses apostavam nas saídas rápidas para o ataque, através da exploração da profundidade e dos corredores central e esquerdo; os encarnados, com um futebol mais pensado, tentavam chegar à área através dos flancos. Foi num desses lances, aos 9', que quase chegou ao golo. Cruzamento de Samuel Pedro na ala esquerda e João Resende, na cara de Hornicek, a permitir a defesa do guarda-redes do SC Braga.
Aos 15', através de um pontapé de canto, os minhotos quase marcaram. Remate de Vítor Oliveira, a bola embateu num jogador do SC Braga e quase traiu Samuel Soares. Com o passar dos minutos, o equilíbrio tomou conta do jogo, com as equipas mais encaixadas taticamente. Aos 27', novo duelo Resende-Hornicek, com o guardião checo a levar a melhor perante o tiro do avançado do Benfica. Na resposta, aos 30' e aos 31', Rodrigo Gomes, em duas ocasiões, a assustar Samuel Soares.
Aos 42', o SC Braga chegou ao 0-1. Arrancada de Leonardo Buta pela esquerda, cruzamento e Eduardo Ribeiro, entrado no decorrer da partida para o lugar de Vítor Oliveira, recebeu na área, virou-se e atirou de pronto para o golo. O intervalo chegou com os minhotos na frente do marcador e da eliminatória.
As equipas regressaram dos balneários com os mesmos onzes com que terminaram o primeiro tempo. A perder, as águias vieram decididas a ter mais bola que lhes permitisse chegar ao golo; por outro lado, o SC Braga, na frente, geria a vantagem. Nos primeiros minutos da segunda parte, o Benfica dispôs de vários livres diretos em boa posição, mas a bola saiu sempre mal direcionada. Aos 62', incursão dos minhotos pela esquerda, cruzamento e remate de Eduardo Ribeiro ao lado.
Para os últimos 20 minutos, Luís Castro operou várias alterações nos encarnados e, aos 76', Henrique Pereira, um dos recém-entrados, obrigou Hornicek a aplicar-se. Minutos depois, aos 82', o Benfica ficou a centímetros de ser feliz. Pontapé de canto, desvio de Cher Ndour ao primeiro poste e o esférico a sair pela linha de fundo. Os encarnados tentavam de tudo e, aos 88', Henrique Pereira, após bom trabalho de David Barrero, forçou Hornicek a estrondosa defesa.
Só dava Benfica e, nos descontos, aos 90'+1' e aos 90'+5', duas bolas na barra da baliza do SC Braga a remates de David Barrero e de Samuel Soares, guarda-redes das águias que havia subido para uma bola parada. O Benfica tanto tentou que chegou ao empate de forma muito merecida, aos 90'+8'. Num jogo impróprio para cardíacos, um livre direto superiormente apontado por David Barrero colocou o resultado em 1-1. O jogo foi para prolongamento...
Com o golo no último lance do tempo regulamentar esperava-se um Benfica mais forte no início do tempo extra, mas o que aconteceu foi um SC Braga a entrar melhor, com Miguel Vilela a rematar à malha lateral, aos 96', após bom trabalho de Eduardo Ribeiro. Aos 103', remate de primeira de Henrique Jocu do meio da rua com a bola ainda a raspar no poste da baliza minhota. Na segunda parte do prolongamento, as águias estiveram melhor e, aos 118', Luís Semedo enviou um míssil à barra quando Hornicek estava batido.
Nas grandes penalidades, o SC Braga foi mais eficaz (1-3) e segue para a final da Taça Revelação. Pelo Benfica marcou Luís Semedo, e falharam Vasco Paciência, David Barrero e Cher Ndour (bola na barra). Pelo SC Braga marcaram Miguel Vilela, Eduardo Ribeiro e Pelegrini; falharam Nuno Cunha e Guilherme Soares.
DECLARAÇÕES
Luís Castro (treinador dos Sub-23 do Benfica): "Foi uma primeira parte muito dividida. As equipas tiveram algum receio de arriscar. Ao intervalo corrigimos alguns pormenores. A segunda parte foi excelente, podíamos ter arrumado com o jogo. Fomos superiores em Braga, fomos superiores aqui, mas o futebol também é isto. Faltou-nos um pouco de sorte num ou noutro lance, porque acertámos mais vezes no ferro do que na baliza e isso não é normal."
Henrique Jocu (jogador do Benfica): "É difícil aceitar este resultado. Fizemos muita coisa boa e temos de estar orgulhosos daquilo que fizemos ao longo da época. Demonstrámos a nossa qualidade. Nem sempre ganha quem joga melhor, mas isso faz parte do futebol e agora é manter a cabeça erguida. Tivemos oportunidades mais que suficientes para matar o jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado."
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2021/05/05/futebol-sub-23-direto-benfica-sc-braga-2-mao-meia-final-taca-revelacao
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