SL Benfica 3 - 3 (4 x 2 p.s.) UD Oliveirense
FINAL GARANTIDA NO DESEMPATE POR GRANDES PENALIDADES
O jogo entre Benfica e Oliveirense, disputado até ao fim, só teve resolução na marcação de penáltis. As águias estão assim no jogo decisivo da Taça 1947, que se realiza neste domingo.
A equipa de hóquei em patins do Benfica está na final da Taça 1947! As águias encontraram um adversário à altura (Oliveirense), empataram no final do tempo regulamentar a três bolas, mas na marcação das grandes penalidades a arte e o engenho pertenceram ao Clube da Luz (4-2. Neste domingo às 15h00 joga-se a final!
O desafio começou de feição para os comandados de Alejandro Domínguez, pois aos 2' as águias adiantaram-se no marcador. Com um jogo bastante encaixado no corredor central, Edu Lamas, do meio da rua, desferiu um potente remate de fora da área que resultou no primeiro golo da partida (1-0). Paulo Pereira, treinador da Oliveirense, sentiu que a sua equipa não conseguia ultrapassar a primeira linha defensiva dos encarnados, por isso decidiu pedir um desconto de tempo ainda nos primeiros momentos do duelo, tentando inverter a situação.
Tal como Lucas Ordoñez previa na antevisão, este seria um jogo muito mais defensivo e as suas palavras refletiam-se dentro do rinque... Ambos os emblemas utilizavam quase a totalidade dos seus segundos para atacar, ou seja, estavam bem posicionados e não davam aberturas para grandes concretizações. Até ao término da primeira parte a partida ficou mais aberta. As transições começavam a ser uma constante e os guarda-redes iam brilhando nas suas balizas. Aos 23' foi a Oliveirense quem marcou (1-1). A equipa nortenha aproveitou uma falha de Valter Neves e Marc Torra conseguiu desviar do guardião encarnado.
Segundos depois os encarnados voltaram a adiantar-se no marcador. O Benfica aproveitou um retardamento da defensiva da Oliveirense e, depois de uma excelente assistência de Miguel Vieira, Valter Neves apareceu nas costas da defesa para stickar para o fundo das redes (2-1). Ao intervalo: 2-1.
No recomeço da partida, a toada mantinha-se. Um jogo mais lento, mais posicional e com poucas ocasiões para colorir – ainda mais – o marcador eletrónico. Pragmatismo e eficácia... eram estas as palavras-chave desta meia-final!
Aos 34' houve uma grande oportunidade para o "artista" Lucas Ordoñez. O camisola 9 das águias dispôs de um livre direto e aproveitou para fazer as delícias dos telespectadores. Levantou a bola, deu a já habitual "volta ao mundo", ajeitou o esférico no ar e disparou, contudo, houve algo que não estava nos planos. Nélson Magalhães não foi na cantiga, só se atirou no momento certo e defendeu o remate de Ordoñez.
Não marcou Lucas Ordoñez, concretizou Valter Neves! 3-1 aos 36'! Nicolía avançou alguns metros pelo lado direito, arrastou o marcador direto e cruzou atrasado. Valter Neves estava muito bem posicionado e conseguiu desviar a bola do guarda-redes contrário. Um remate que levou a trajetória contrária do movimento do guardião. A Oliveirense não baixava os braços e Jordi Bargalló reduziu (3-2 aos 40'). O capitão da equipa nortenha puxou dos galões, efetuou um movimento característico com a bola a passar pelo meio das suas pernas, trocou as voltas a Diogo Rafael e atirou a contar. Pedro Henriques não teve hipótese de defesa.
Aos 48', Edu Lamas agarrou o adversário, o árbitro não teve dúvidas e admoestou o jogador encarnado com cartão azul. A Oliveirense beneficiou de um livre direto, e Lucas Martínez, com bastante frieza, conseguiu bater Pedro Henriques (3-3 aos 49').
Com tudo empatado ao fim de 50 minutos, o jogo foi para prolongamento. Na 1.ª parte não houve grandes oportunidades para alterar o resultado. Na retina fica apenas a excelente defesa de Pedro Henriques a remate de Marc Torra. Na 2.ª parte do prolongamento as equipas sentiram mais vontade de não perder do que de ganhar. Os caminhos estavam fechados, os guarda-redes comandavam as defensivas e o finalista apenas seria conhecido nas grandes penalidades.
Na marca de castigo máximo o Benfica foi mais forte e venceu por 4-2. Sergi Aragonès rematou à barra no primeiro penálti, Marc Torra fez golo. Valter Neves concretizou a segunda penalidade, Bargalló rematou para defesa de Pedro Henriques; Diogo Rafael marcou o terceiro castigo, Lucas Martínez atirou para defesa do guarda-redes encarnado; Edu Lamas marcou, Pedro Moreira também concretizou; e Carlos Nicolía ficou encarregue de bater a grande penalidade decisiva, e não perdoou.
O Benfica fica agora a aguardar para saber quem será o adversário na final. Sporting e SC Tomar jogam esta tarde (15h00) o acesso à partida decisiva. A final está aprazada para este domingo (13 de dezembro), às 15h00, no Pavilhão Municipal do Luso.
DECLARAÇÕES
Alejandro Domínguez (treinador do Benfica): "Na minha opinião, no final do jogo o vencedor é sempre um justo vencedor. Entrámos muito bem na partida. Jogámos muito bem defensivamente e também atacámos com grande qualidade. Em vantagem no marcador baixámos a intensidade e a Oliveirense conseguiu igualar. Agora há que descansar bem e recuperar porque amanhã [domingo] há uma final."
Valter Neves (capitão do Benfica e MVP da meia-final): "Sabíamos que ia ser um jogo muito complicado. Chegámos a ter uma vantagem de dois golos que infelizmente não conseguimos manter até ao fim da partida. No geral fomos superiores e tivemos mais situações de finalização. Estamos a regressar ao nosso nível e vamos tentar ganhar a final. Os títulos passados contam o que contam. Num grande clube como o Benfica há sempre o objetivo de conquistar mais."
FICHA DE JOGO
Local: Pavilhão Municipal do Luso
Cinco inicial do Benfica: Pedro Henriques, Valter Neves, Edu Lamas, Lucas Ordoñez e Miguel Vieira
Suplentes: Marco Barros (NJ), Diogo Rafael (J), Carlos Nicolía (J), Sergi Aragonès (J) e Danilo Rampulla (J)
Ao intervalo: 2-1
Golos do Benfica: Edu Lamas (2') e Valter Neves (25' e 36')
Árbitros: Rui Torres, Ricardo Leão e Carlos Correia
Informação do Jogo: https://www.slbenfica.pt/pt-pt/agora/noticias/2020/12/12/hoquei-em-patins-benfica-ud-oliveirense-meia-final-taca-1947
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